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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Adorável Noite Nº 34


Demorei para postar de novo,já saiu faz tempo mas ainda vale a pena ler


Mais um exemplar do fanzine Adorável Noite do grande Adriano Siqueira, em que participo com o conto Aliança de Sangue.





quarta-feira, 24 de novembro de 2010

2.0.1.2- Antologia Infernal.


Participei dessa antologia com o conto "Na casa do Diabo".Faz tempo que ela foi lançada,mas nunca postei aqui porque... porque..é,não postei.Enfim,é uma reunião de muitos contos interessantes e de autores igualmente interessantes,então vale a pena dar uma conferida.

Valorize autores nacionais,são tão bons quanto essa galera de fora(se dúvidar,ainda melhores).










LINK PARA DOWNLOAD: http://www.4shared.com/document/zFne5ELQ/2012__Antologia_RHB_2010.html

TRAILER DA ANTOLOGIA:

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Uma estranha visita...


Uma chuva fina caia lavando as ruas imundas do centro da cidade. Já é meia noite e as ruas se agitam.Um tiro ecoa ao longe.É normal,apenas mais um acerto de contas,é assim que funcionam as coisas por ali.Em uma parte mais isolada fica o local mais animado da região,o Jardim Do Éden,um dos cabarés mais respeitados de toda a cidade,comandado por Rosa,uma cafetina que apesar da idade ainda é cobiçada por muitos cliente que por ali passam.

Noite agitada, casa cheia, lucros altos. Tudo perfeito no Jardim.Os mesmo clientes,as mesmas prostitutas,tudo normal por ali,até a chegada de um cliente um tanto especial.Ele entrou pela porta da frente chamando a atenção e todos.Não por ser estranho,as por ser “normal demais” para os padrões do Jardim.Cabelo penteado de lado,um óculos grande de armação preta e vestido totalmente de branco como um médico e trazia uma estranha bolsa de couro que mais parecia um animal morto do que qualquer outra coisa.Aparentemente tinha uns 25 anos,bem novo,comparado com o resto da clientela do local.Todos ficaram espantados com a estranha presença que nunca antes havia passado por ali.

“Dona rosa”, como era chamada por ali, prontamente se dirigiu ao novo cliente. Como uma experiente mulher de negócios,sabia que deveria surpreender para ganhar mais um freqüentador e claro,mais lucros.

-Bem vindo ao meu jardim meu filho!-Disse Rosa com um sorriso falso de orelha a orelha- Em que posso ajudá-lo?

-Bom, eu gostaria de uma garota interessante, que goste de experimentar coisas novas e diferentes...

A voz do rapaz era fina, quase infantil. Dona Rosa imaginou q ele deveria ser algum nerd virgem de alguma universidade das redondezas,ou seja,ele deveria ser rico...

-Ah! Então você veio ao lugar certo, tenho a garota perfeita para você!Jéssica!

A voz estridente da velha ecoa pelo salão ainda em silencio por causa da visita daquele cara. Afinal,ali existia gente de todos os tipos,inclusive assaltantes,traficantes e todo o tipo de gente que se possa imaginar.

Pelas escadas Jéssica vinha descendo devagar quase desfilando. Uma bela morena,alta ,seios fartos,pernas grossas e um corpo tão bonito que parecia ter sido esculpido pelo próprio Deus.Ou pelo Diabo.

Jéssica era uma das mais bonitas e mais caras garota do jardim e por isso só trabalhava em raras ocasiões e para clientes seletos e exclusivos. e aquele cara parecia ser um deles.Dinheiro fácil.

O visitante a fitava fixamente nos olhos, acompanhado cada passo e cada gesto. Um arrepio subiu a sua espinha.Em tantos anos trabalhando com todo tipo de gente,jamais havia visto um homem como aquele antes.Ela sabia que ele era diferente,tão diferente que a deixava com medo.

-Então meu jovem, o que acha da nossa querida Jéssica?Um espetáculo de mulher não?-Disse Rosa percebendo o encantamento do rapaz diante da garota.

-É, tenho que admitir, a senhora superou minhas expectativas. -Ele acariciava os cabelos e o pescoço de Jéssica,que se assustou com suas mão geladas como as de um morto.

Rosa os levou para o quarto dos fundos, que ficava ano final de um longo e mal iluminado corredor. Apesar da localização, o aposento era um dos mais luxuosos do lugar,superado apenas pelo quarto particular de Rosa,mas o visitante não desejava luxo,e sim um lugar quieto e reservado para “saborear” cada momento com sua nova companhia.Já Jéssica não estava tão tranqüila.Depois de sentir o toque gelado e áspero das mãos dele,entrou em um estado de pânico silencioso.Algo estava errado ali.Dona Rosa nunca abria aquele quarto e ela estava prestes a ficar trancada com um total estranho na parte mais isolada da casa.Esse pensamento a fez tremer.

Ela entrou primeiro. O cheiro de quarto fechado e abafado exalava no ar.uma fria corrente de ar passou por ela num piscar de olhos o homem estava deitado na cama.Mas como?Ela não pôde vê-lo passar, foi como se ele tivesse evaporado e aparecido na cama.

-Bobagem- Pensou, deveria ser o medo e o nervosismo que a tinha distraído.

-Jéssica, não se assuste,prometo que nós vamos nos divertir bastante essa noite!-Homem falava friamente com um sorriso sádico no rosto.

Jéssica se deita na cama e tira suas roupas. As luzes se apagam e as portas e janelas se fecham sozinhas.

Uma tranqüilidade quase mórbida pairava no ar naquela noite no jardim. Todos haviam ido embora dali.No quarto,os gritos e pedidos de socorro de Jéssica eram abafados pela mão gelada do homem.Seus dentes afiados cintilavam com o brilho da lua que entrava por entre as frestas da janela.Ela se debatia e tentava se livrar,mas ele era forte demais apesar da sua magreza.Os medos de Jéssica se confirmaram,aquele cara não era uma pessoa comum.Ou talvez nem fosse humano.

Seu corpo ia ficando cada vez mais fraco, sem forças para continuar reagindo e lutando. Uma estranha sensação de prazer se espalhava pelo seu corpo anestesiando cada um dos seus músculos.Será que tudo tinha acabado?Será que ele foi embora?

Não!Ele ainda estava ali. Limpando as mãos com um lenço de seda vermelho e o sangue jovem de Jéssica escorrendo por seus lábios.

-Obrigado por essa incrível noite, minha cara!-Ele ria aquele mesmo sorriso sádico que sempre estava em seu rosto.

E foi embora pela janela, desaparecendo no meio da noite, deixando Jéssica sozinha em seus lençóis ensangüentados até que Dona Rosa, arrasada, fechou seus olhos pela manhã e a cobriu com seu lençol branco para seu sono eterno.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Contos Sombrios



Eae galera!


Bom,fui convidado a postar no blog "Contos Sombrios" e ja inicei as postagens com o conto "Aliança de Sangue" que já foi postado nesse blog

Aguardem novidades


Bjus =***

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

NA CASA DO DIABO


Um dia caminhando sozinho à noite depois de uma festa com uns amigos, encontro uma antiga casa abandonada em uma parte isolada da cidade. Pelo tamanho e pela arquitetura,deveria ter sido de uma grande e rica família.Não sei porque,senti um enorme desejo de entrar ali.Eu sabia que algo me esperava dentro daquela casa,só não poderia imaginar o que era.


Fui subindo os gastos degraus da varanda e quando toquei na maçaneta, uma fria e cortante brisa sopra de repente. Um ponta de medo surgiu em mim e me apertava o peito.Um barulho estranho me faz recuar,mas não era nada,apenas um gato que por ali passava.Confesso,eu estava com medo,pensei em voltar,mas uma força desconhecida me fazia continuar.Respirei fundo e abri a porta com força imaginando que assim poderia espantar qualquer coisa que ali dentro estivesse.


Fiquei surpreso ao ver que o interior da casa era extremamente luxuoso e bem conservado, ainda com todos os moveis, quadros tapetes e ornamentos. O local parecia ter sido arrumado pouco antes da minha chegada.Na mesa de centro da sala,havia um cálice.Uma linda peça em prata com detalhes de dragões entalhados,com pedras vermelhas em seus olhos.De fato,era uma linda peça,mas naquela situação era algo bem assustador.Me aproximei e tirei um pequeno pires de metal que tampava o recipiente como se estivesse ali para proteger o conteúdo,o que eu não esperava encontra.Havia vinho no cálice.Um vinho com um aroma doce que exalava por todo o local,senti um forte de desejo de tomar pelo menos um gole,se o cheiro era tão bom,o sabor deveria ser melhor ainda.Mas resisti ao impulso,afinal,a casa não deveria estar tão abandonada quanto parecia.


Um estrondo reverbera pelas paredes de pedra da sala, com o susto acabo derramando o vinho na toalha branca da mesa, olhei para o lado e de novo, o mesmo gato que eu vi na porta estava lá dentro e acabara de derrubar um candelabro. Juntei a peça do chão e coloquei em seu suporte,quando vi o cálice de novo,meu corpo todo foi estremecido por um forte arrepio que me fez perder o equilíbrio.A toalha estava limpa,e o cálice estava novamente cheio com o mesmo vinho que eu tinha derramado!Corri para a porta, finalmente me dei conta de que não era pra eu estar ali, alguma coisa habitava naquela casa e eu não queria ficar ali para descobrir, mas era tarde demais, alguém tinha trancado a porta sem que eu percebesse. Forcei e empurrei mas a porta nem balançava,tentei a janela mas também estava fechada só havia um modo de sair dali.Subindo as escadas e tentar encontrar uma saída no andar de cima.


A escada, contrastando com o resto da casa, tinha um ar extremamente mórbido. Degraus gastos revestidos por um tapete velho e vários retratos em preto e branco na parede.As fotos eram típicas fotos de família do século passado.Todos reunidos na frente da casa com sua melhor roupa,alguns seguravam bíblias,o que me levou a crer que era uma família bem religiosa.A escada dava para um corredor longo e escuro,iluminado apenas por pequenas frestas no teto esburacado e no fim,havia uma porta,como ela estava entreaberta pude ver uma que o quarto além dela estava iluminado e eu pude ver sombras lá dentro.Nunca fui de rezar,mas naquele momento pedi a Deus para que me tirasse dali.Vivo pelo menos.


Com um passo de cada vez fui me aproximando do quarto, e a cada passo o coração batia mais forte. Minhas pernas tremiam,o suor escorria e eu já respirava com dificuldade,um intenso cheiro de carne podre pairava no ar.Finalmente me vi diante da porta.Era agora ou nunca,tomei coragem e abri.Erro fatal.


O que vi naquele quarto era impossível de se imaginar de tal horrendo e hediondo. A família dos retratos que parecia ser alegre e ter uma boa vida estava naquele quarto.Morta.Todos eles pendurados por ganchos que pendiam do teto em correntes enferrujadas.Seus corpos mutilados,cortados,e podres sendo devorados por ratos moscas e vermes.O sangue seco cobria todo o chão ao redor deles.O pai,a mãe, e um senhor idoso,todos pendurados como se fossem carne em um açougue.Mas ainda havia uma criança,e ela não estava ali.Ainda poderia ter uma chance de ela ter sobrevivido.Eu não sabia o que fazer,meu celular não estava comigo e não havia telefone na casa.No fundo do quarto vi um lençol vermelho de cetim em cima de dois arpões de metal,tentei evitar,mas eu tinha que ver o que era aquilo.Deus amaldiçoe aquele dia e aquele lugar.A criança q faltava,uma linda garotinha de cabelos loiros estava ali.Empalada pelos dois arpões que cruzavam seu pequeno corpo.Seu peito,aberto e nada dentro do seu corpo.O que ali havia estava jogado no canto do quarto.E em cima da mesa sua cabeça,com seus cabelos loiros e olhos verdes pousada em uma mesa em cima de uma bandeja.


Eu entrei em pânico, eu tinha que sair dali, mas na porta uma estranha figura me observava. Pude ver pela sombra que era um homem novo,cabelos longos e pele branca,seus olhos brilhavam como duas esferas cintilantes no escuro.


-Quem é você?Por que você fez isso?Deus o amaldiçoe seu monstro do inferno!-Gritei desesperado para o homem na porta


-Não precisa me lembrar de onde eu venho garoto. Fiz isso pouco antes da sua chegada.Conheci essa família recentemente e eles duvidaram de quem eu era e me chamaram de louco.Jamais duvide de algo que eu diga.- O homem parecia calmo e falava do deu crime como se fosse algo totalmente natural.


-Por favor!Não me mate!Não contarei a ninguém o que você fez!Apenas entrei aqui por que pensei que a casa estava abandonada!


-Não o matarei. Você é bem-vindo na minha nova casa.Vá embora e diga a todos que encontrar que aquele que caiu se levantará mais uma vez e que agora habita nesta casa.


Corri o Maximo que pude e encontrei todas as portas abertas. fui para o mais longe possível daquela casa.Fui embora e nunca mais voltei para aquela cidade de novo.Contei para muitos o que eu havia visto,mas ninguém acreditou em mim e fui chamado de louco.Eu tentei avisar.O mal mora onde menos se espera cuidado ao abrir as portas que encontrar...

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

ALIANÇA DE SANGUE


A meia noite se aproxima, está na hora de entrar. Em um quarto no andar de cima ela se encontra adormecida deitada em sua cama esperando o sol chegar.Mas não esta noite,nem nunca mais.A partir de hoje o amanhecer para ela será apenas uma lembrança de um tempo distante e um inimigo a ser temido.É o inicio de sua nova vida,seu nascimento para a escuridão.
Subo as escadas devagar e calmamente. Um passo de cada vez.Ah! O silêncio antes da tempestade!Não sei o que sinto ao certo, só sei que estou ansioso, hoje é o dia em que finalmente teremos nossa passagem para uma eternidade juntos. Ela não sabe disso ainda,mas esse será meu presente à ela.A vida e a juventude eternas.


Abro a porta do quarto e lá está ela, deitada em sua cama de lençóis brancos. Seus cabelos negros espalhados pelo travesseiro a fazem parecer como uma sedutora medusa.Sua pele branca,levemente rosada reflete a pálida luz do luar e entra por uma janela aberta acima da cama.Perfeição!Tudo parece se unir para compor o cenário do inicio de nossa história juntos.

Deito ao seu lado. Ela não percebe a minha presença.Ainda bem,não quero desperta-la de seus últimos sonhos mortais.Delicadamente ela vira a cabeça para o lado me mostrando seu fino pescoço como se me convidasse a dar seu beijo da noite.


De forma rápida e indolor, cravo meus dentes em seu pescoço. Ah!Como é doce!Sinto toda sua vida, sua energia pulsar em meu corpo. Escuto seu coração bater forte como um tambor em compasso junto ao meu.O sangue escorre por meus lábios e ela suspira e geme,imaginando que estranho prazer é aquele que sente no meio da noite.Naquele momento,nada mais existe.Nem a noite,nem o dia e o tempo parece parar.Somos apenas nós dois em um só corpo e carne unidos por nossa aliança de sangue.Sangue que vive,sangue que morre,sangue que renasce para a pura beleza da vida sob o luar.


Hora de ir embora, deixo-a deitada onde está e a cubro com seu lençol marcado por seu sangue. O sol já se aproxima e o dia começa a clarear.Para ela,pela ultima vez.

Ruas escuras


Ae Galera ae baixo está o meu conto q foi publicado no zine Adorável Noite(o endereço para baixar está na postagem anterior)

RUAS ESCURAS
Era uma noite fria de inverno. Eu caminhava sozinho por uma rua escura,suja e úmida no centro da cidade.Jamais tinha passado por ali antes,e não faço a mínima idéia de como fui parar naquele lugar.Não sei se bebi demais, se me perdi ou se fui levado até ali,não lembro de absolutamente nada apenas que eu já estava lá quando tudo aconteceu.Aquele lugar era horrível,nunca tinha estado em local pior.Bêbados no chão,traficantes,prostitutas, e toda a espécie de pessoas se encontrava ali.Ratos corriam pelo chão e entravam dentro dos bares como se isso fosse algo normal.Mas, a palavra normal não se aplicaria ali.

Continuei andando e encontrei duas prostituas em uma esquina. Nossa!Que mulheres lindas!Você poderia imaginar que elas eram qualquer coisa menos prostitutas. Uma era loira,bem branca,parecia neve,olhos verdes que brilhavam como duas lâmpadas na noite.Um belo corpo,seios fartos por trás de um espartilho de couro vermelho e um par de pernas maravilhoso envolvido apenas por uma pequena mini-saia.A outra era tão bela quanto a loira.Era ruiva,um pouco mais baixa,mas igualmente branca,na hora que as vi pensei que fosse por causa da luminosidade fraca ou que elas eram usuárias de drogas.Mas,fiquei com a imagem daquelas mulheres marcada na minha cabeça naquela noite.

Perguntei a elas onde eu estava e sensualmente a loira me disse:
-Onde você está não me importa, agora, quer saber a gente pode te levar?
Uma oferta dessas não aparece para qualquer um todo dia. Pensei um pouco,mas eu estava com pouco dinheiro e não sabia se iria precisar depois,então recusei e me afastei.

Andei alguns metros e tomei um susto ao senti-las segurando meus braços. Não sei como elas chegaram tão rápido até mim!Moveram-se tão rápido que tive a impressão de que elas tinham deslizado até ali.

-Ah, você não vai recusar um convite como esse não é amor?-Me disse a ruiva enquanto metia a mão dentro da minha calça...

-Moças, eu até queria, mas não tenho dinheiro para pagar!Eu não sei nem onde eu estou!

-Ah, relaxe!Gostamos de você, não é toda noite que aparece “carne nova” por aqui!

Elas estavam me deixando louco!Eu sentia aquelas corpos frios junto ao meu, suas mão gélidas passarem por todo meu corpo e a respiração ofegante das duas no meu pescoço. Eu tentava me livrar,tentava resistir,mas eu não conseguia,jamais tinha sentido aquilo antes.Parecia que elas estavam adivinhando meus pensamentos,meus desejos,meus medos...

De repente, no meio de todas aquelas caricias que elas me faziam fui jogado em um beco sem saída. Encostado na parede,sem ter para onde fugir vi aquelas duas moças tão lindas se transformarem.Seus olhos ficaram vermelhos,e seus dentes estavam pontudos como laminas afiadas.Eu gritei,mas logo meu grito foi abafado por uma mão gélida de um ser que antes era uma ruiva muito bonita.Ela me segurava apenas com os braços e parecia não fazer força nenhuma enquanto eu,me debatia como um animal preso e tentava gritar pedindo ajuda.

E quando eu vi que não teria escapatória, tudo ficou em silêncio. Meu corpo ficava cada vez mais fraco e eu sentia as minhas forças indo embora.Os dentes da loira penetravam no meu pescoço vagarosamente e o sangue escorria por aqueles lábios enquanto a ruiva mordia meu pulso.Eu sentia frio,calor,porém, toda a dor e agonia que senti antes se tornaram um prazer macabro,eu ria enquanto elas se banqueteavam com meu sangue pingando em suas bocas famintas.

Da mesma forma como fui jogado contra a parede, fui largado no chão. Fraco,confuso,atormentado.Não entendia nada do que acontecia ali.E também não lembro de muita coisa que aconteceu antes na minha vida.Mas apesar de tudo,naquela noite minha vida mudou,não sei se para melhor ou pior.

Hoje ando por essas ruas escuras, como andei naquela noite, caminhando sozinho, perdido, procurando por um caminho, me alimentando do medo de quem por ali passa. Um demônio nem vivo,nem morto,fadado a caminhar eternamente escondido nas sombras,buscando uma luz que sei que nunca poderei ver sem me tornar um monte de cinzas.Naquela noite,morri para o mundo e nasci para a escuridão.