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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

NA CASA DO DIABO


Um dia caminhando sozinho à noite depois de uma festa com uns amigos, encontro uma antiga casa abandonada em uma parte isolada da cidade. Pelo tamanho e pela arquitetura,deveria ter sido de uma grande e rica família.Não sei porque,senti um enorme desejo de entrar ali.Eu sabia que algo me esperava dentro daquela casa,só não poderia imaginar o que era.


Fui subindo os gastos degraus da varanda e quando toquei na maçaneta, uma fria e cortante brisa sopra de repente. Um ponta de medo surgiu em mim e me apertava o peito.Um barulho estranho me faz recuar,mas não era nada,apenas um gato que por ali passava.Confesso,eu estava com medo,pensei em voltar,mas uma força desconhecida me fazia continuar.Respirei fundo e abri a porta com força imaginando que assim poderia espantar qualquer coisa que ali dentro estivesse.


Fiquei surpreso ao ver que o interior da casa era extremamente luxuoso e bem conservado, ainda com todos os moveis, quadros tapetes e ornamentos. O local parecia ter sido arrumado pouco antes da minha chegada.Na mesa de centro da sala,havia um cálice.Uma linda peça em prata com detalhes de dragões entalhados,com pedras vermelhas em seus olhos.De fato,era uma linda peça,mas naquela situação era algo bem assustador.Me aproximei e tirei um pequeno pires de metal que tampava o recipiente como se estivesse ali para proteger o conteúdo,o que eu não esperava encontra.Havia vinho no cálice.Um vinho com um aroma doce que exalava por todo o local,senti um forte de desejo de tomar pelo menos um gole,se o cheiro era tão bom,o sabor deveria ser melhor ainda.Mas resisti ao impulso,afinal,a casa não deveria estar tão abandonada quanto parecia.


Um estrondo reverbera pelas paredes de pedra da sala, com o susto acabo derramando o vinho na toalha branca da mesa, olhei para o lado e de novo, o mesmo gato que eu vi na porta estava lá dentro e acabara de derrubar um candelabro. Juntei a peça do chão e coloquei em seu suporte,quando vi o cálice de novo,meu corpo todo foi estremecido por um forte arrepio que me fez perder o equilíbrio.A toalha estava limpa,e o cálice estava novamente cheio com o mesmo vinho que eu tinha derramado!Corri para a porta, finalmente me dei conta de que não era pra eu estar ali, alguma coisa habitava naquela casa e eu não queria ficar ali para descobrir, mas era tarde demais, alguém tinha trancado a porta sem que eu percebesse. Forcei e empurrei mas a porta nem balançava,tentei a janela mas também estava fechada só havia um modo de sair dali.Subindo as escadas e tentar encontrar uma saída no andar de cima.


A escada, contrastando com o resto da casa, tinha um ar extremamente mórbido. Degraus gastos revestidos por um tapete velho e vários retratos em preto e branco na parede.As fotos eram típicas fotos de família do século passado.Todos reunidos na frente da casa com sua melhor roupa,alguns seguravam bíblias,o que me levou a crer que era uma família bem religiosa.A escada dava para um corredor longo e escuro,iluminado apenas por pequenas frestas no teto esburacado e no fim,havia uma porta,como ela estava entreaberta pude ver uma que o quarto além dela estava iluminado e eu pude ver sombras lá dentro.Nunca fui de rezar,mas naquele momento pedi a Deus para que me tirasse dali.Vivo pelo menos.


Com um passo de cada vez fui me aproximando do quarto, e a cada passo o coração batia mais forte. Minhas pernas tremiam,o suor escorria e eu já respirava com dificuldade,um intenso cheiro de carne podre pairava no ar.Finalmente me vi diante da porta.Era agora ou nunca,tomei coragem e abri.Erro fatal.


O que vi naquele quarto era impossível de se imaginar de tal horrendo e hediondo. A família dos retratos que parecia ser alegre e ter uma boa vida estava naquele quarto.Morta.Todos eles pendurados por ganchos que pendiam do teto em correntes enferrujadas.Seus corpos mutilados,cortados,e podres sendo devorados por ratos moscas e vermes.O sangue seco cobria todo o chão ao redor deles.O pai,a mãe, e um senhor idoso,todos pendurados como se fossem carne em um açougue.Mas ainda havia uma criança,e ela não estava ali.Ainda poderia ter uma chance de ela ter sobrevivido.Eu não sabia o que fazer,meu celular não estava comigo e não havia telefone na casa.No fundo do quarto vi um lençol vermelho de cetim em cima de dois arpões de metal,tentei evitar,mas eu tinha que ver o que era aquilo.Deus amaldiçoe aquele dia e aquele lugar.A criança q faltava,uma linda garotinha de cabelos loiros estava ali.Empalada pelos dois arpões que cruzavam seu pequeno corpo.Seu peito,aberto e nada dentro do seu corpo.O que ali havia estava jogado no canto do quarto.E em cima da mesa sua cabeça,com seus cabelos loiros e olhos verdes pousada em uma mesa em cima de uma bandeja.


Eu entrei em pânico, eu tinha que sair dali, mas na porta uma estranha figura me observava. Pude ver pela sombra que era um homem novo,cabelos longos e pele branca,seus olhos brilhavam como duas esferas cintilantes no escuro.


-Quem é você?Por que você fez isso?Deus o amaldiçoe seu monstro do inferno!-Gritei desesperado para o homem na porta


-Não precisa me lembrar de onde eu venho garoto. Fiz isso pouco antes da sua chegada.Conheci essa família recentemente e eles duvidaram de quem eu era e me chamaram de louco.Jamais duvide de algo que eu diga.- O homem parecia calmo e falava do deu crime como se fosse algo totalmente natural.


-Por favor!Não me mate!Não contarei a ninguém o que você fez!Apenas entrei aqui por que pensei que a casa estava abandonada!


-Não o matarei. Você é bem-vindo na minha nova casa.Vá embora e diga a todos que encontrar que aquele que caiu se levantará mais uma vez e que agora habita nesta casa.


Corri o Maximo que pude e encontrei todas as portas abertas. fui para o mais longe possível daquela casa.Fui embora e nunca mais voltei para aquela cidade de novo.Contei para muitos o que eu havia visto,mas ninguém acreditou em mim e fui chamado de louco.Eu tentei avisar.O mal mora onde menos se espera cuidado ao abrir as portas que encontrar...

1 comentários:

Diego disse...

caramba doido
o diabo é educado \o/